sexta-feira, 8 de maio de 2009

sábado, 28 de março de 2009

Dos Capitães Mores a Angra dos Reis

Por Roberto Sandoval rlavodnas@hotmail.com ou rlavodnas@gmail.com

Introdução :

Cap. Mor Antonio de Oliveira

"Era natural de Portugal e Cavalheiro Fidalgo da Casa de Dom João III. Em 02/12/1530, ele partiu de Portugal para o Brasil na esquadra de Martim Afonso de Sousa, de quem era loco-tenente. Chegou ao litoral brasileiro em janeiro de 1531 e participou da fundação de São Vicente em 22/01/1532, aonde passou a morar. Foi o primeiro feitor da Fazenda Real da Capitania de São Vicente em 1537; e capitão-mor desta mesma Capitania em 1538, em substituição a Gonçalo Monteiro. Depois de concluir o seu governo voltou a Portugal. Havia dez anos que estava separado de sua família. Retornou ao Brasil em 1542, onde já tinha seus negócios, trazendo sua mulher e vários filhos.
Foi proprietário de uma fazenda nos arredores da Vila de Piratininga , atual cidade de São Paulo , onde possuía pequenos rebanhos e plantava trigo".


Cap. Mor e Ouvidor Jorge Ferreira

"Nascido em Portugal por 1504 ou antes , estabeleceu-se na Capitania de São Vicente cerca de 1542, com provisão de Isabel de Gamboa , para suceder a Cristovão de Aguiar de Altero no posto 3o Capitão e Ouvidor da Capitania do falecido Pero Lopes de Souza. Se foi membro da esquadra de Martim Afonso de Souza , em 1531 , voltou para Portugal e retornou a São Vicente com a mulher e filhos. Teria casado em Portugal continental ou nas Ilhas , cerca de 1522 , com sua mulher , nascida por 1506 , que ainda estaria viva em 1573.
Recebeu do Donatário Martim Afonso de Souza uma sesmaria na Ilha de Guaibê , onde fez assento em companhia de diversos portugueses.Fundou nesta Ilha , por volta de 1545 , com os devotos , uma capela sob o orago de Santo Amaro , título que passou a distinguir , antes de 1557 , a Ilha e também a Capitania do falecido Pero Lopes de Souza , conforme documento transcrito por Frei Gaspar da Madre de Deus. Até o ano de 1543 , permaneceu na Ilha de Guaibê como parte da Capitania de São Vicente , limitada ao norte pela barra da Bertioga. Havia falecido Pero Lopes de Souza num naufrágio , cerca de 1539 , sendo instituída a viúva , D. Izabel de Gamboa , tutora de seus filhos Pero Lopes de Souza , 2o Donatário , falecido na infância e Martim Afonso de Souza (Sobrinho) 3o Donatário , que faleceu jovem , antes de 1568. O 1o governador da futura Capitania de Santo Amaro , em 1543 , foi o capitão e Ouvidor Gonçalo Afonso , sucedido no ano seguinte por Cristovão de Aguiar de Altero , cavaleiro fidalgo , e este , em 1545 , por Jorge Ferreira.
Em 1557 , exercia Jorge Ferreira os altos cargos de Ouvidor com alçada e Loco-Tenente de Capitam da Ilha e Capitania de Santo Amaro , Capitania do Senhor Martim Afonso de Souza , filho de Pero Lopes de Souza , que Deus haja , e outros y Capitam e Ouvidor com alçada nesta Capitania de São Vicente por poder do Senhor Governador Geral o Senhor D. Duarte da Costa. (Frei Gaspar da Madre de Deus "Memórias para a História ...." pgs 162,164 e 171).
Tentou resistir aos Tamoios na Ilha de Santo Amaro e reconstruiu o forte de S. Felipe , na Bertioga , segundo os autores.
Jorge Ferreira sucedeu Antonio Rodrigues de Almeida , cavaleiro fidalgo , no posto de capitão mor de Santo Amaro , conforme procuração de D. Isabel de Gamboa , lavrada em Lisboa a 22 de Setembro de 1557 (ob. cit. , pg 174) servindo de 1558 em diante (Sesm. , I , 136). Na Capitania de São Vicente , exerceu Jorge Ferreira por dois períodos os cargos de Capitão Mor e Ouvidor , de 1556 a 1558 , durante a ausência do Capitão Mor Brás Cubas (ACVSA , pag 39) e de 1567 a 1571 , após o período do Capitão Mor Pedro Ferraz Barreto.Em 1560 , possuía casas nos arredores de Santos , situadas para os lados de um ribeiro que corria entre os primeiros manguesais (RIHGSP , XLIV , pg 224). Seguiu nesta ano para o Rio de Janeiro , com as tropas de São Vicente , a pedido do Governador Geral Mem de Sá , por ocasião das guerras contra os invasores da Guanabara , aliados aos Tamoios. Em 1565 , voltou ao Rio de Janeiro , com a esquadra do Cap. Mor Estácio de Sá , para a continuação das guerras , levando filhos , netos e parentes (que deveriam ser todos de maioridade).Inicia-se neste ano a fundação da cidade de São Sebastião. A 10 de Outubro de 1567 , concedeu o Governador Geral Mem de Sá ao "povo e moradores" da futura grande cidade extensas áreas de terras : 4500 braças em quadra para o rossio e pastos de gado , correndo direito ao longo da costa e 6000 braças para o sertão e mais 6 leguas de terras em quadra (relação das Sesmarias da Capitania do Rio de Janeiro , extraída dos livros de Sesmarias e Registros do Cartório do Tabelião Antonio Teixeira de Carvalho etc). Retornou Jorge Ferreira a São Vicente onde serviu de 1567 em diante aos cargos de Capitão Mor e Ouvidor , conforme provisão de Martim Afonso de Souza ; a 10 de Junho do mesmo ano , em Santos , despachou sesmaria a Jose Adorno e a 9 de Agosto passou carta de demarcação e confirmação das terras de Brás Cubas (RIHGSP , XLIV , 235 , 237 e 240). A 7 de Janeiro de 1570 , doou sesmaria a Rodrigo Alvares , o velho , mestre de navios ( Cc Apolônia Vaz) estabelecido na Capitania há 20 anos (Ordem do Carmo , ANRJ). Segundo os autores , obteve pelos anos de 1573 , com filhos e genros , vastas sesmarias no Rio de Janeiro , situadas nas regiões do Rio Iguassú e do Cabo Frio.A 10 de Junho de 1585 , teria comparecido à junta das vilas de São Vicente e Santos , convocada pelo Capitão Mor Jerônimo Leitão , para decidir sobre a guerra contra os gentios hostis , carijós e tupis do sul (ACCSP, I, 281). Por esses anos , mais provavel seria um neto quem compareceu à junta , suas assinaturas impressas parecem indicar diferenças. Transferiu-se o Capitão Mor Jorge Ferreira para o Rio de Janeiro onde , nos anos de 1590 e 1591 , beneficiou com doações de grandes áreas de terras da Ordem do Carmo e de S. Bento , segundo as escrituras mencionadas pelos autores. Faleceu em idade avançada , por 1591".


Cap. I – Os Filhos dos Capitães Mores

Tristão de Oliveira , nasceu por 1525 em Beja , Portugal , filho do Capitão Mor e Ouvidor Antonio de Oliveira. Casou-se , por 1556 , com Joana Ferreira , nascida por 1542 , filha do Capitão Mor e Ouvidor Jorge Ferreira e de s/m Joana Ramalho , esta , filha de João Ramalho e de s/m Bartira.

“Antônio de Oliveira, cavaleiro fidalgo da casa de el-Rei, natural de Portugal, de onde veio no cargo de primeiro feitor da fazenda real da capitania de São Vicente, por mercê de Dom João III em 1537; foi loco-tenente do donatário Martim Afonso de Sousa, e capitão-mor governador dessa capitania em 1538, em substituição a Gonçalo Monteiro.
Voltou a Portugal, depois de concluir este primeiro governo, e de lá trouxe em 1542 sua mulher Genebra Leitão de Vasconcelos [há divergências quanto ao nome da mulher de Antonio de Oliveira] com vários filhos. Deste casal descendem os antigos Oliveiras da Capitania de São Paulo, como refere frei Gaspar da Madre de Deus na sua História da Capitania de São Vicente. (GP)”.

“Jorge Ferreira, natural de Portugal. Veio para o Brasil com Martim Afonso de Sousa em 1530. Cavaleiro Fidalgo da Casa Real. Foi Capitão-Mor e Ouvidor da Capitania de Santo Amaro e, por duas vezes, Capitão-Mor da Capitania de São Vicente (de 1556 a 1558 e de 1567 a 1572). Foi quem reedificou, em 1557, a Fortaleza de Bertioga e quem construiu o primeiro caminho que ia de S. Vicente a Itanhaem. Em 1565, seguiu para o Rio de Janeiro em companhia de Estácio de Sá, tomando parte na fundação da cidade. Auxilio Jerônimo Leitão a combater os tamoios, aliados aos franceses, em Cabo Frio. C. antes de 1540 c. Joana Ramalho, com quem teve os filhos Catarina Ramalho, Jorge Ferreira (que, segundo Hans Staden, foi devorado pelos índios tamoios), Baltazar e Joana Ferreira. Recebendo uma sesmaria no Rio de Janeiro, mudou-se para essa cidade, onde faleceu com idade avançada”.

Tristão de Oliveira foi Ouvidor da Capitania de São Vicente de 1576 a 1578. Residiu em São Paulo à época de sua fundação em 1554.
Deixou , dentre os vários filhos , Clara de Oliveira , nascida por 1564 , que segue :

Cap. II – Angra dos Reis
Clara de Oliveira nasceu por 1564 , casou-se por 1580 com o Capitão Manoel Antunes , nascido por 1550 em Portugal , filho de Bartolomeu Antunes e Vitória de Sá.

Localização da Sesmaria de Bartolomeu Antunes Lobo e de Vitória de Sá :

“Pedro Alexandre Galvão, morador do distrito de Ilha Grande e assistente local, de origem indígena, tinha escravos e foreiros e era "possuidor" do sítio, de cerca de meia légua , de nome Mangaratiba, resultado de uma compra efetuada com três religiosos. De início, relata a ordem sucessória dos anteriores possuidores daquela área. Assim, o primeiro possuidor, Bartolomeu Antunes Lobo, teria recebido a terra havia mais de 160 anos, através de uma carta de sesmaria. Por ser o primeiro registro de ocupação, tal título aparece com a referência de sesmaria primordial. Em todo o material analisado, não foi possível confirmar se esta denominação era consagrada a toda primeira ocupação ou registro da ocupação através de carta de sesmaria.
Sobre Bartolomeu Antunes, conseguiu se averiguar que havia recebido uma carta de sesmaria , com cerca de 750 braças de testada e mil para o sertão, na região entre de Itinga e a ilha da Conceição, doada em 8 de fevereiro de 1568. Essas duas localidades com suas respectivas denominações não foram localizadas nos mapas. Porém, há, ainda hoje, uma praia chamada Conceição de Jacareí, há uns 15 quilômetros de Mangaratiba, onde em frente há uma ilha.
Nos processos, encontra-se transcrita cópia de uma carta de sesmaria concedida por Gonçalo Correia de Sá, Capitão Mor e provedor Capitania de São Vicente e de Santo Amaro, na verdade para Dona Vitória de Sá e Bartolomeu Antunes Lobo, na cidade de Santos, por Vasco Mota, em 18 de abril de 1618 ....”
“Clara de Oliveira foi casada por 1580 com Manuel Antunes , nascido por 1550 , filho de Bartolomeu Antunes e de sua mulher (não mencionada) povoadores da Capitania de São Vicente. Antes de 1586 , tinha Manuel Antunes roças e administrados no povoação de "Jypoia" , junto da Ilha Grande , e , como primeiro povoador , obteve em 1595 uma sesmaria nesta paragem , por despacho do governador e lugar-tenente do Senhor Lopo de Souza , Cap. Jorge Correia (Sesm , I , 171).
Em 1610 , possuía casas em Angra dos Reis (id. , 114). Em 1611 , com o filho Bartolomeu Antunes Lobo e três parentes afins (Manoel Machado , Francisco Machado e Paschoal Machado de Souza , filhos de Simão Machado e de sua mulher Maria da Costa , esta filha de Estevão da Costa e de sua mulher Isabel Lopes de Souza , todos naturais de Portugal) recebeu carta de sesmaria na região da barra de Guaratiba e Ilha de Marambaia , dada pelo capitão Gaspar Conqueiro (id. , 178). Servia Manuel Antunes nesse ano o posto de capitão e lugar-tenente do Senhor Lopo de Souza , donatário da Capitania de São Vicente (id. , 202 e 204). Teria falecido , com a mulher , no Rio de Janeiro”. (H. V. Castro Coelho).
“Em petição enviada a Gaspar Correia em 1595, Bartolomeu Antunes e seu filho Manuel Antunes afirmam ter sido os primeiros povoadores da região onde viviam, a “ilha da Aipoya” (Gipóia), possuindo ali sua fazenda com “roças e peças” desde 1586. Eles solicitam ao mesmo novas terras no continente. (Américo de Moura apud CAPAZ, 1996, p. 73)”.

Angra – Primeiros Moradores :

"Ano / Nome / Origem / Posse

1586 / Manuel Antunes / Reino / Ilha da Gipóia e continente

159? / Bartolomeu Antunes Lobo / Gipóia São Bento [talvez parente de Manuel Antunes]”.


Sesmarias :

"Documentos Publicados pelo Arquivo do Estado de São Paulo

Tipografia Piratininga, SP, 1921

Volume I

João da Costa – 1610 – Pede terras em Angra, em uma ilha defronte a Ubatuba e na ponta de terra firme onde está Manoel Antunes.

Manoel Antunes – 1611 – Pede a transcrição de uma terras junto à Ilha Grande que foram dadas por Jorge Moreira em 1595”.


Clara de Oliveira e seu marido o Cap. Manoel Antunes deixaram , entre outros , a filha Joana Lobo , nascida em Santos , SP , por 1584 que se casou , por 1600 , com Alberto Sobrinho.
Joana Lobo e Alberto Sobrinho tiveram a filha Domingas Lobo , nascida em São Paulo por 1610.
Domingas Lobo casou-se primeiramente com Francisco da Cunha Gago e depois de viúva casou-se , aos 15/08/1639 , com João Delgado de Escobar filho de Antonio Delgado de Escobar , sesmeiro e pessoa da governança e Mogi das Cruzes , e s/m Beatriz Ribeiro.

“Serviu João Delgado de Escobar os cargos de juiz ordinário e de orfãos em Taubaté , em 1661 (AHMFG). Faleceu nessa vila a 6 de Setembro de 1676 com testamento , escrito a rogo por Sebastião de Freitas , o velho , e assinado pelo testador, sendo o inventário aberto pelo juiz ordinário e de orfãos Baltazar de Morais Dantas , no sítio do falecido , na paragem de Tremembé. Seria sepultado no Convento de Santa Clara , em hábito de São Francisco , acompanhado pelo vigário e por todas as cruzes das Irmandades ; dispôs missas em louvor a Nossa Senhora , a São Francisco , a São João e outras.
Declararam no inventário , entre outros bens , um sítio em Tremembé , com duzentas braças de terras , onde morava a viúva , casas na vila de Taubaté , de taipa de pilão e telha e quatorze administrados do gentio (AHMFG).
Faleceu Domingas Lobo na mesma vila a 12 de Maio de 1692 , em casas de seu filho Antonio Delgado de Oliveira.
Fez testamento em que determinou ser sepultada no Convento Santa Clara , na sua sepultura , em hábito dos religiosos , acompanhada por todas as cruzes da matriz (das irmandades) e dispôs 30 missas (AHMFG)”. (H. V. Castro Coelho).


Francisca Lobo e seu marido João Delgado Escobar deixaram , entre outros , o filho Antonio Delgado de Oliveira , que segue :

Cap. III – Em Taubaté
Cap. Antonio Delgado de Oliveira foi batizado em São Paulo aos 31/09/1648 (Sé livro fls. 50) , casou-se , por 1667 , com Joana de Castilho , filha do Alcaide Mor Vieira Sarmento e de s/m Maria Moreira.
O Capitão Antonio Delgado de Oliveira exerceu em Taubaté os cargos de Juiz Ordinário e de órfãos em 1689 e 1701. (Arq. Hist. Municipal Felix Guisard).

Deixaram , pelos menos , os seguintes filhos nascidos em Taubaté :

1) Joana de Castilho , c. 1667 , cc João da Costa
2) Maria Moreira , c. 1668 , cc Manoel Gil Cubas.
3) João Delgado de Oliveira , c. 1675 , cc Paula da Veiga , que seguem.
4) Jose , c.1690.
5) Antonio , bat. pelo padre João de Faria Fialho , a 14 de Janeiro de 1694 , teve como padrinhos Antonio Correia de Abreu e Ana Ferreira. Foi referido na Genealogia Paulistana , por engano , como o casado com Paula da Veiga , acima mencionada. (H. V. Castro Coelho).
6) Gaspar , 1696.

Cap. IV – João Delgado de Oliveira e Paula da Veiga

João Delgado de Oliveira, nascido em Taubaté por 1675, casado por 1697 com Paula da Veiga, n. por 1680.
Filho de:
Joana de Castilho n. por 1653, c. por 1667 c. o Cap. Antônio Delgado de Oliveira, bat em São Paulo a 31 de setembro de 1648 na Sé, livro fls.50, filho de João Delgado de Escobar e de s/m Domingas Lobo,(casados em S.Paulo a 15 de agosto de 1639) n.p. Cap. Alberto Delgado de Escobar e de Beatriz Ribeiro e n.m. de Alberto Sobrinho e de Joana Lobo.
filha do:
Alcaide Mor Manuel Vieira Sarmento, n. Rio de Janeiro por1633, c. cerca de 1652 c. Maria Moreira, n. por 1636, filha do Cap. Francisco Alvares Correia e de Guiomar de Alvarenga. Manoel Vieira Sarmento, vúvo, casou com Domingas da Veiga.
Filho de:
Belchior Félix, n. por 1600, c. por 1630 c. Ana Sarmento.
Filho de:
Cap. Mor Jaques Félix, n. por 1570, c. antes de 1596 com uma filha de Pedro Gomes e de Isabel Afonso. A segunda vez casou com Francisca Gordilho, n. por 1580, filha de povoadores da Capitania.
Filho de:
Jaques Félix Flamengo, n. por 1540, veio para S.Vicente e casou-se nessa vila cerca de 1569 com uma filha de povoadores da Capitania.

João Delgado de Oliveira e s/m Paula da Veiga , deixaram , entre outros , um filho de mesmo nome , nascido em Taubaté em 1698 que foi casado com Maria da Luz , também natural de Taubaté.


Cap. V - Capela de Santo Antonio da Bertioga, Freguesia da Ibitipoca.
Partes do Inventário e Testamento de João Delgado de Oliveira , filho e de s/m Maria da Luz , arquivados no Museu Regional de São João del Rei , MG :

“Inventariados – João Delgado de Oliveira e Maria da Luz.
Inventariante – Bernardo de Oliveira.
Local – Bertioga (atual Ibertioga)
Data abertura – Janeiro de 1752
Declarou ele dito inventariante haver dado a Manoel Moreira dos Santos para haver de casar com sua irmã Maria de Oliveira, uma crioulinha por nome Antonia que foi avaliada em trinta mil réis como consta do Inventário que se fez por falecimento de sua mãe Maria da Luz.

Eu João Delgado de Oliveira andando doente de pé de doença que Deus Nosso Senhor me deu em meu perfeito juízo e entendimento e temendo da morte por não saber quando nosso senhor será servido levar-me desta vida e desejando por minha alma no caminho da salvação faço este testamento na forma seguinte:

Peço e rogo a serviço de Deus e por me fazerem mercê do senhor Manoel de Azevedo Matos e ao senhor João Alves de Araújo queiram ser meus testamenteiros.

Ordeno que o meu corpo seja sepultado nesta capela do senhor Santo Antonio da Bertioga.

Declaro que sou natural da Vila de Taubaté filho legítimo de João Delgado de Oliveira e de Paula da Veiga.

Declaro que fui legitimamente casado em face da Igreja com Maria da Luz de cujo Matrimônio tivemos três filhos os quais são meus herdeiros universais a saber: Maria, mais velha , casada com Manoel Moreira dos Santos , Bernardo e Antonia de 15 anos.

Capela de Santo Antonio da Bertioga, freguesia da Ibitipoca 10 de setembro de 1751.

Abertura

Aos quatorze dias do mês de janeiro de mil setecentos e cinqüenta e dois anos. Foi apresentado este testamento com que faleceu o testador João Delgado de Oliveira.
Herdeiros :
Maria casada com Manoel Moreira dos Santos.
Bernardo de Oliveira (inventariante).
Antonia da Luz”.


Cap. VI – Maria de Oliveira

Maria de Oliveira nasceu em Taubaté em 1727 , aos 22/08/1742 casou-se com Manoel Moreira dos Santos.


Do livro de casamentos de Barbacena , MG , de 1742-1751 , da Igreja Nossa Senhora da Piedade :

Página 171 v

“M.el Mor
reira
Com
M.a Oliv.
vr.a

Aos vinte e dous dias do mes de Agosto do anno de mil e sete centos e quarenta e dous , pellas dez oras da manham nesta Igr.a [Igreja] da Piedade da Borda do Campo , feitas as denunciasoens na forma do Sagrado Concillio Tridentino e Constituição e com provizão do Dr Joze Sobral de Souza Vigario da Vara desta Comarca do Rio das Mortes , Eu o Padre Joze de Freitas Parocho da dita freg.a com minha prezenssa Se receberão in faccie eclezie [face à igreja] Manoel Moreira dos Santos n.al da freg.a [natural da freguesia] de São Pedro de Canedo Bispado do Porto , filho legitimo de Fran.co Moreira [Francisco Moreira] e de sua mulher Izabel Gonsalves , com Maria de Oliveira n.al da Villa de São Fran.co das Chagas de Taubathe , filha legitima de João Delgado de Olivr.a [Oliveira] e de sua mulher Maria da Luz ja de
Página 172
defunta , deste Bispado do Rio de Janeiro e lhes dei as Bensoens estando mais por testemunhas Jose Pinto Reis e Fran.co Luis de Bitancor e Manoel Per.a ....... por verdade fis este assento hoje era dia e mes ut supra.
Vigario O P.e Joze de Freitas.
Joze P. Reis
Francisco Luis de Bitencor”.


Da Revista do Arquivo Público Mineiro , Catálogo de Sesmarias Ano XXXVII , Ano 1988 , Volume II , página 150 :

"Manoel Moreyra dos Santos ,
Local : Paragem das Tres Barras
Data : 4 de agosto de 1.784
Codice : SC 234
Página : 76"


Maria de Oliveira e seu marido Manoel Moreira dos Santos deixaram os filhos seguintes :

1) Vitória Maria de Oliveira , 1743 , cc Antonio de Souza Barbosa em 11/06/1768.
2) Hipólito Moreira dos Santos , 1750 , cc Maria Vicência Alves de Jesus em 11/01/1778 , que seguem :3) Vitoriano , 1753.
4) Simeão Alves Moreira , c. 1765 , cc Rosa de Seixas Ribeiro em 19/05/1790.


Hipólito Moreira dos Santos e s/m Maria Vicência Alves de Jesus seguem no seguinte Blog :

http://coura-ibitipoca.blogspot.com/


[em construção]